Na livraria também se lê
(a propósito de A Offerta de Livros (1886))
Dá um prazer enorme esvaziar uma caixa de livros trazida do armazém!
Pesada, ainda com as cintas postas, ou fechada com fita-colante, contendo 40 ou 50 livros, possivelmente meia dezena de folhetos ou periódicos; mais não se sabe do que tem dentro – o quê, em concreto, vai descobrir-se, unidade a unidade, à medida que se extrai o conteúdo.
Quantas surpresas em cada caixa: um opúsculo raro, porventura uma antiguidade, ou um jornaleco com o sabor do seu tempo; também livros que se desconheciam, ou autores já esquecidos, cilindrados pelo tempo, ou ignorados, sabe-se lá porquê, nem sempre autores menores, muitos de grande sucesso no seu tempo.
Por isto ou por aquilo, o livreiro aparta um ou outro exemplar. Para ler; para partilhar, porventura. Como aqui se faz, com BELDEMÓNIO.
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